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Lula comemora alta de 2,9% do PIB e diz que Brasil cresceu 'bem mais que o previsto'

De acordo com IBGE, economia brasileira teve aumento impulsionado por resultado recorde da agropecuária em 2023

01/03/2024 16h51Atualizado há 9 meses
Por: Redação

presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou as redes sociais para comentar o resultado positivo do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil no ano passado. A economia brasileira cresceu 2,9% em 2023, impulsionada pelo resultado recorde da agropecuária, conforme divulgado nesta sexta-feira (1º) pelo  IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

"O PIB do Brasil cresceu 2,9% em 2023, segundo o IBGE. Vocês lembram que a previsão de alguns era 0,9%? Crescemos bem mais que o previsto e vamos continuar trabalhando para crescer com qualidade e pela melhora de vida de todos", escreveu Lula. Diferentes organismos apontavam para um crescimento da economia brasileira menor do que o registrado pelo instituto.

Em valores finais, o PIB  — soma de todos os bens e serviços finais produzidos no país — produziu R$ 10,9 trilhões no ano passado, acima dos R$ 9,9 trilhões de 2022.

O resultado da agropecuária foi puxado pelos desempenhos recordes da produção de soja e milho. Entre os setores, houve crescimento na indústria (1,6%), puxada pelo segmento de petróleo e gás, e em serviços (2,4%), graças às atividades financeiras e seguros.

O PIB per capita alcançou R$ 50.194, um avanço de 2,2% em termos reais em relação a 2022. Trata-se de uma média de geração de riquezas por pessoas no Brasil, a partir de tudo o que é produzido no país em todos os setores da economia.

Pelo lado da demanda, o consumo das famílias subiu 3,1% em relação a 2022. Segundo a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, o resultado foi influenciado pela melhora das condições do mercado de trabalho, com aumento da ocupação, da massa salarial real e da queda da inflação.

O setor de serviços, que representa quase 70% da economia brasileira, teve crescimento em todas as atividades, com destaque para atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados à intermediação, que apresentou alta de 6,6%. “As empresas seguradoras tiveram um ganho comparando os prêmios recebidos em relação aos sinistros pagos”, explica Rebeca.

Outra influência positiva no resultado do PIB de 2023 foi o desempenho das indústrias extrativas, com alta de 8,7% devido ao aumento da extração de petróleo e gás natural e de minério de ferro. Houve destaque também na eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos, com alta de 6,5%.

 

 

Ranking

O resultado do PIB colocou o país em 6º lugar em um ranking com nações do G20, grupo que reúne as principais economias do mundo. O Brasil ficou à frente dos Estados Unidos e da França e atrás de países emergentes, como China, Índia e México. O levantamento foi feito pela Secretaria de Política Econômica, órgão do Ministério da Fazenda, que levou em consideração os 15 países do G20 que divulgaram o resultado do PIB até o momento.

Na primeira posição aparece a Índia, com crescimento de 7,6% em 2023, seguida da China, com 5,2%, e Indonésia, 5,1%. Em seguida, aparecem Turquia (4,5%) e México (3,2%). Em sétimo lugar, atrás do Brasil, vem a Coreia do Sul, com alta de 2,6%.

Os Estados Unidos, maior economia do mundo, apresentaram crescimento de 2,5% e ficaram na oitava posição. Logo após, aparecem Japão (1,9%), Canadá (1,1%), França (0,9%), Itália (0,7%) e Reino Unido (0,1%). Nas duas últimas posições, vêm Alemanha e Arábia Saudita, com retrações de 0,3% e 0,9%, respectivamente.

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